quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Metabolismo

O QUE É O METABOLISMO????

Conjunto de reações químicas que ocorrem no organismo.

Ex.: biossíntese de nucleotídeos e aminoácidos, degradação de ácidos graxos.
Os 3 estágios do Catabolismo:

ESTÁGIO I: ocorre no tubo digestório; os polímeros são quebrados em moléculas fundamentais;são absorvidos e levados às células;
ESTÁGIO II: ocorre no interior das células. As moléculas fundamentais são degradadas em produtos menores; produtos comuns: Piruvato e Acetil Co- A;
ESTÁGIO III: ocorre no interior das mitocôndrias; converge para o ciclo de Krebs; produtos finais: CO2 e H2O; nesta fase ocorre formação de ATP; ocorre liberação de NH3 pela degradação de aminoácidos, sendo convertida em uréia para a excreção.

A energia é armazenada na célula através de ligações fosfato da molécula de ATP.


ATP = Adenosina tri-fosfato

Armazena nas suas ligações fosfatos a energia liberada na quebra da glicose.

O ATP irá agir , quando a célula precisar de energia para realizar alguma reação química, as ligações entre os fosfatos são quebradas, energia é liberada e utilizada no metabolismo celular.

O ATP, é uma molécula, que é formada pela união de uma adenina e uma ribose aderida a três radicais fosfato.

Para que essa etapa aconteça, é necessário a ajuda no NAD,e FAD, que são aceptores intermediários de hidrogênio, ligando-se a prótons H+ “produzidos” durante as etapas da respiração e cedendo-os para o oxigênio, que é p aceptor final de hidrogênios.
Tais aceptores, podem ser classificados como:

Aeróbios: ocorre com a participação do oxigênio. Ele é o aceptor final de elétrons e hidrogênios.

Anaeróbios: Também chamado de FERMENTAÇÃO. Acontece sem a utilização de oxigênio. Os aceptores finais dependem do tipo de fermentação.




O que é então a fermentação???


É o processo de degradação incompleta de substancias orgânicas com liberação de energia e realizada principalmente por fungos e bactérias.

Existem diversos tipos de fermentação, que variam quanto ao produto final. No processo de fermentação o aceptor final de hidrogênios é o produto final.

De acordo com suas peculiaridades a fermentação pode ser classificada, como:

* Fermentação Alcóolica:


Realizada por leveduras.

Produtos finais da quebra da glicose: CO2 e Etanol (C2H5OH).

Utilização humana: produção de pães, bolos e bebidas alcoólicas.


* Fermentação Láctica:

Realizada por bactérias do leite;

Produto final da quebra da glicose: Ácido Láctico;

É empregada na preparação de iogurtes e queijos;

As células musculares, quando não recebem oxigênio suficiente, são também capazes de fermentar, produzindo ácido lático como resíduo final. Já que a molécula de ácido lático tem 3 carbonos, não há CO2 liberado na fermentação lática. O excesso de ácido lático leva à condição fisiológica chamada fadiga muscular, a fadiga é percebida quando realizamos um exercício violento e se manifesta pela dor muscular que sentimos durante o esforço prolongado.

Respiração aeróbia:

processo pelo qual a glicose é degradada em CO2 e H2O na presença de oxigênio.

Rendimento é maior do que na fermentação, 38 ATPs por molécula de glicose quebrada.


Na respiração:


Fases:
Anaeróbia (glicólise): não necessita de oxigênio para ocorrer e é realizada no citoplasma.
Aeróbia (ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons): requer a presença de oxigênio e ocorre dentro das mitocôndrias.


Equação geral da fase anaerbia:

C6H12O6 + 6O2 -> 6CO2 + 6H2O + 38 ATP


Para que o metabolismo aconteça, ele precisa do auxílio do funcionamento de alguns componentes da célula, bem como de ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons, que também ocorrerá, no ambiente celular, que são esses:


*Mitocôndria:

Formada por 2 membranas.
Membrana externa é lisa e controla a entrada/saída de substancias da organela.
Membrana interna contém inúmeras pregas chamadas cristas mitocondriais, onde ocorre a cadeia transportadora de elétrons.
Cavidade interna é preenchida por uma matriz viscosa, onde podemos encontrar várias enzimas envolvidas com a respiração celular, DNA, RNA e pequenos ribossomos. É nessa matriz mitocondrial que ocorre o ciclo de Krebs.


Glicólise deriva do grego e quer dizer "quebra do açúcar". É a sequência metabólica de várias reações enzimáticas, na qual a glicose é oxidada produzindo duas moléculas de Ácido pirúvico, duas moléculas de ATP e dois equivalentes reduzidos de NAD+, que serão introduzidos na cadeia respiratória ou na fermentação.


Após a formação dos ácidos pirúvicos eles entram na mitocôndria, sendo atacados então por desidrogenases e descarboxilases.
Logo, são liberados CO2, que são liberados pela célula e hidrogênios que são capturados pelo NAD.
O acetil formado combina-se com a Co-enzima A (Co-A) e a nova molécula (Acetil-CoA) começa o ciclo de Krebs.



ciclo de Krebs:

Ocorre na matriz mitocondrial.
Todo carbono responsável pela formação do acetil é degradado em CO2 que é então liberado pela célula, caindo na corrente sanguínea.
São liberados vários hidrogênios, que são então capturados pelos NAD e FAD, transformando-se em NADH2 e FADH2.
Ocorre também liberação de energia resultando na formação de ATP.



Cadeia transportadora de elétrons:


Ocorre nas cristas mitocondriais.
Também chamado de Fosforilação Oxidativa.
É um sistema de transferência de elétrons provenientes do NADH2 e FADH2 até a molécula de oxigênio.

Radicais livres como os vilões da beleza.

Muito se escuta falar sobre os radicais livres e os danos que trazem, principalmente, a nossa pele. Mas poucas pessoas sabem o que realmente são e que, apesar de serem considerados "vilões da beleza", eles tem seu papel importante no organismo. São responsáveis, por exemplo, por combater infecções. Por isso, reservamos esse espaço para falar sobre eles: como agem, como se formam e como os neutralizamos.

Para começar, é importante saber que os radicais livres são substâncias químicas instáveis que se formam tanto fora quanto dentro do nosso corpo e atacam nossa membrana celular para se estabilizar. Dentro do nosso corpo, eles são produzidos pelas células durante o processo de combustão do oxigênio, utilizado para converter os nutrientes absorvidos em energia. Para se ter uma noção, do total de oxigênio que respiramos todos os dias, de 2 a 5% se transforma em radical livre. Até ai tudo bem já que nosso próprio corpo produz enzimas protetoras, ou seja, antirradicais livres que conseguem controlá-los.

O problema é que o excesso de radicais livres pode danificar as células sadias do nosso corpo. "Como são substâncias instáveis e muito reativas, os radicais livres atacam as células, agridem e destroem suas estruturas.

Fatores externos também contribuem para o aumento da formação dessas moléculas: poluição, radiação ultravioleta do sol, cigarro, álcool, estresse, excesso de consumo de gorduras saturadas e substâncias tóxicas encontradas em alimentos e bebidas.

A mais suscetível ao ataque de radicais livres por ser o maior órgão do corpo e por ter contato interno e externo. O resultado é que ela fica envelhecida, com rugas, manchas, flacidez e marcas de expressão. "Quem fuma, por exemplo, tem rugas mais profundas e mais intensas do que quem toma sol.

Mas nem tudo está perdido e podemos neutralizar a ação negativa dos radicais livres através de uma boa alimentação. Nesse caso, é importante consumir alimentos que contenham antioxidantes, moléculas com carga positiva que se combinam aos radicais livres, de carga negativa, tornando-os inofensivos.

De acordo com a literatura, os antioxidantes mais importantes são: vitamina C, presente em frutas cítricas, como laranja, morango, acerola; vitamina E, encontrada em óleos vegetais, castanhas, azeite, amêndoas, nozes e legumes; selênio, presente na castanha do Pará e carnes; vitamina A, encontrada em vegetais alaranjados, como cenoura, abóbora, mamão e manga e zinco, presente em carnes, peixes e aves.

Há, porém, pessoas que precisam de dosagens maiores de antioxidante e devem fazer uso de suplementação, como cápsulas de vitaminas.

Os atletas que treinam intensamente durante o ano todo precisam de suplementação, devido a pratica de exercícios intensos, sendo dessa forma, o maior consumo de oxigênio e, consequentemente, maior formação de radicais livres.

Como a pele é o órgão mais afetado pelos radicais livres, devemos dar bastante atenção a ela.

Uma boa alimentação, rica em frutas e vegetais, já é um ótimo começo para proteção. Somado a isso, procure evitar exposição excessiva ao sol, cigarro, álcool e estresse, que são fatores que contribuem para formação de radicais livres. Combine esses bons hábitos ao uso de cosméticos que contenham antioxidante.

O ideal é procurar usar cremes que contenham vitamina C, E, A e silícios orgânicos. Eles tem ação antirradical livre e são potentes contra envelhecimento, estresse cutâneo e tem o poder de renovar a pele.

Segundo especialistas de demartologia, todas as doenças de pele, como acne, celulite, manchas, estrias contém radicais livres, portanto é indicado a procura por cosméticos que contenham antioxidantes em sua composição.
Glicogenólise

É o processo em que o glicogênio sofre degradação e transforma-se em várias moléculas de glicose.

Sempre que há necessidade de glicose, o glicogênio é mobilizado a partir de uma seqüência de reações que não é o inverso da glicogênese, mas uma via metabólica complexa que se inicia a partir de estímulos hormonais reflexos da hipoglicemia, a cargo, principalmente, dos seguintes hormônios: glucagon, adrenalina e glicocorticóides.

O processo se realiza com a hidrólise da molécula de glicogênio em várias moléculas de GLICOSE -1-FOSFATO que são liberadas para entrar na via glicolítica.

Glicólise: Catabolismo da Glicose

É a degradação da Glicose em uma série de reações enzimáticas a 2 moléculas de Piruvato, . durante a qual a energia liberada é conservada na forma de ATP.

No interior da célula, sob ação enzimática, a Glicose, proveniente dos alimentos ou do glicogênio, passa por uma série de transformações até chegar a Piruvato. O Piruvato é então oxidado e se transforma no Acetil-Coenzima A. Isso ocorre em células sob condições aeróbicas.

A maioria das células eucariotes e muitas bactérias normalmente são aeróbicas e oxidam completamente seus compostos orgânicos em CO2 e H2O. Na ausência de Oxigênio o Piruvato formado na via glicolítica sofre fermentação e é reduzido a Lactato ou Etanol . O Lactado provoca intensa contração na célula muscular (câimbra).

Chegando ao estágio de Acetil-CoA, a via glicolítica passa a apresentar dois papéis::

1- Gerar ATP.

2- Fornecer componentes para a síntese de ácidos graxos e outras substâncias lipídicas e seus derivados (Triglicérides,Fosfolípides,Pigmentos Carotenóides, Colesterol e seus ésteres , Ácidos Biliares, Vitamina K e Hormônios Esteróides).

Para gerar ATP, o Acetil-CoA entra no Ciclo de Krebs, que é a seqüência de reações enzimáticas que ocorrem durante o processo de respiração celular, no interior da mitocôndria.

Na primeira reação do Ciclo de Krebs, a Acetil-CoA doa seu grupo Acetil a um composto de 4 carbonos, denominado Oxalacetato, para formar um composto de 6 carbonos, o Citrato. O Citrato é então transformado em Isocitrato, também uma molécula de 6 carbonos, o qual é desidrogenado com perda de CO2 para produzir um composto de 5 carbonos, o a-Cetoglutarato. Este último submete-se a perda de uma molécula de CO2 e adição de uma molécula de CoA (coenzima A) para produzir um composto de 4 carbonos o Succinil-CoA. . Este é então convertido em Succinato a partir da liberação da CoA e produção de GTP. O Succinato formado sofre outro processo de desidrogenação com formação de FADH, como aceptor dos prótons, formando o Fumarato. O Fumarato é hidratado sendo convertido em Malato que, por sua vez, será desidrogenado com formação de NADH e Oxalacetato, reiniciando-se o Ciclo.

A energia liberada no Ciclo de Krebs é conservada em carreadores de elétrons reduzidos denominados NADH (Nicotinamina-Adenina-Dinucleotídeo Hidrogenada) e FADH (Flavina-Adenina-Dinucleotídeo). Esses cofatores reduzidos são oxidados produzindo prótons (H+) e elétrons. Os elétrons são transferidos para o O2 ao longo de uma cadeia de moléculas carreadoras de elétrons, conhecida como Cadeia Respiratória, onde haverá a formação de H2O.

Durante esse processo de transporte de elétrons, energia é liberada e conservada na forma de ATP, em um processo chamado de Fosforilação Oxidativa .

Como foi visto anteriormente, na presença de oxigênio o Piruvato formado na via Glicolítica será convertido em Acetil-CoA e CO2. Essa conversão é um processo de oxidação irreversível onde o grupo carboxílico do piruvato (composto por 3 carbonos) é removido na forma de CO2 e os dois carbonos remanescentes tornam-se o grupo Acetil da acetil-CoA. Nessa reação, ocorre ainda a desidrogenação do Piruvato (perda de H) com formação de NADH. O NADH formado nessa reação pode então doar seus elétrons para a cadeia respiratória onde ocorrerá a transferência de elétrons para o oxigênio e a formação de 3 moléculas de ATP. Essa reação de descarboxilação e desidrogenação do Piruvato é conhecida então como Descarboxilação Oxidativa.

Energia Química

É a energia contida em ligações químicas das moléculas de nutrientes especiais. Quando essas ligações quebradas durante a degradação de um nutriente, a energia química é liberada.

Os compostos de transferência de energia mais utilizados pelas células são aqueles capazes de transferir grande quantidade de energia, chamados compostos de transferência de alto nível energético . O mais importante é a Adenosina Trifosfato (ATP).

A decomposição da Glicose a Ácido Pirúvico apresenta algumas importante características:

1. Duas moléculas de ATP são necessárias para converter a glicose em frutose 1,6-difosfato

2. Um total de quatro moléculas de ATP são produzidas por fosforilação do substrato

3. A produção líquida de ATP por molécula de glicose é igual a dois.

4. No processo geral, 1 molécula de glicose resulta em duas de ácido pirúvico

5. Duas moléculas de NADH são formadas

6. A célula possui quantidade limitada de NAD - utilizada para oxidar as moléculas de gliceraldeído-3-fosfato. Assim, deve existir um meio de regenerar continuamente o NAD (Nicotinamina-Adenina Dinucleotídeo) a partir de NADH , para permitir que a glicólise continue.

Os seres vivos usam 2 métodos para regenerar o NAD a partir de NADH :

1- Fermentação : É um processo pouco eficiente na produção de energia pois os produtos finais ainda contêm grande quantidade de energia química.

2- Respiração: É um processo de regeneração de NAD, utilizando o NADH2 como doador de elétrons para um sistema de transporte de elétrons. Se o O2 é o aceptor final de elétrons, então tem-se uma RESPIRAÇÃO AERÓBIA. E se o NO3 ou SO4 forem os aceptores finais de elétrons, então tem-se a RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA

Gliconeogênese: Anabolismo da Glicose

É a síntese de novas moléculas de glicose a partir de compostos não-carboidratos. Os precursores mais importantes são:



§ Piruvato

§ Lactato

§ Intermediários do Ciclo de Krebs

§ Muitos aminoácidos

o A via possui pelo menos 7 etapas idênticas às da Cadeia Glicolítica, com o sentido invertido
o Três etapas são irreversíveis e diferentes nas duas vias:



§ A conversão do Piruvato em Fosfoenolpiruvato,

§ A desfosforilação da Frutose-1,6-difosfato

§ A desfosforilação da Glicose-6-fosfato



A Gliconeogênese gasta 4 ATPs e 2 GTPs para sintetizar uma molécula de Glicose a partir do Piruvato .

Durante a recuperação de um exercício físico intenso, a gliconeogênese é um processo muito ativo, resultando na conversão de Lactato em Glicose e Glicogênio.

Carboidratos

Os Carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na natureza. Para muitos Carboidratos, a fórmula geral é: [C(H2O)]n, daí o nome "Carboidratos", ou "Hidratos de Carbono". Alguns Carboidratos possuem em sua estrutura: Nitrogênio, Fósforo ou Enxofre, não se adequando, portando, à formula geral. São moléculas que desempenham uma ampla variedade de funções, entre elas:

Fonte de energia

Reserva de energia

Estrutural

Matéria prima para a biossíntese de outras biomoléculas.



Os Carboidratos são divididos em três grandes grupos: Monossacarídeos,Dissacarídeos e Polissacarídeos.


Monossacarídeos:


São os Carboidratos mais simples que não podem ser hidrolisados, dos quais derivam todas as outras classes. Possuem a fórmula geral dos Carboidratos, isto é, o número de átomos de oxigênio é igual ao número de átomos de carbono, e o número de átomos de hidrogênio é igual ao dobro do número de átomos de carbono.


Quimicamente è São Polihidroxialdeídos (ou Aldoses) - ou Polihidroxicetonas (ou Cetoses), ou seja, compostos orgânicos, com pelo menos três carbonos, onde todos os carbonos possuem uma hidroxila, com exceção de um que possui a carbonila primária (grupamento aldeídico) ou a carbonila secundária (grupamento cetônico).



Grupamento Aldeídico Grupamento Cetônico



Feita exceção à Dihidroxicetona, todos os outros Monossacarídeos , e por extensão, todos os outros Carboidratos, possuem centros de assimetria (ou quirais), e fazem isomeria óptica.

Carbono assimétrico é aquele que esta ligado a quatro radicais diferentes entre si.





O carbono assimétrico é o que está ligado a 4 radicais diferentes e representa o centro quiral da molécula.


A classificação dos Monossacarídeos também pode ser baseada no número de carbonos de suas moléculas. Esse número varia de três a oito, assim sendo, as TRIOSES são os Monossacarídeos mais simples, seguidos das TETROSES, PENTOSES, HEXOSES, HEPTOSES e OCTOSES. Desses, os mais importantes para os organismos vivos são as Pentoses e as Hexoses.

As Pentoses mais importantes são:
Ribose (ocorre no RNA e tem função estrutural)

Desoxirribose (ocorre no DNA e tem função estrutural)

Arabinose

Xilose

As Hexoses mais importantes são:

Glicose (ocorre no sangue e mel e tem função energética)

Galactose (ocorre no leite e tem função energética)

Manose

Frutose (ocorre nas frutas e tem função energética)

Em solução aquosa, os Monossacarídeos estão presentes na sua forma aberta (cadeia linear) em uma proporção de apenas 0,02% .O restante das moléculas está ciclizado na forma de um anel hemiacetal de 5 ou de 6 vértices. O anel de 5 vértices é chamado de anel furanosídico (ciclização feita através da ligação do grupamento aldeídico com o carbono 4). O anel de 6 vértices é chamado de anel piranosídico (ciclização feita através da ligação do grupamento aldeídico com o carbono 5).


Na estrutura do anel, o carbono onde ocorre a formação do hemiacetal (ciclização) é denominado "Carbono Anomérico", e sua hidroxila pode assumir 2 formas:

Alfa è Quando ela fica para baixo do plano do anel

Beta è Quando ela fica para cima do plano do anel


As outras hidroxilas da molécula, quando representadas na forma em anel, seguem a seguinte convenção:

Se estiverem para a direita, serão consideradas para baixo do plano do anel

Se estiverem para a esquerda, serão consideradas para cima do plano do anel.


A interconversão entre estas formas é dinâmica e denomina-se Mutarrotação.




Dissacarídeos:

São Carboidratos hidrolisáveis, ditos Glicosídeos, formados pela união de duas moléculas de Monossacarídeos através de uma ligação química especial denominada Ligação Glicosídica, com liberação de molécula de água.


A Ligação Glicosídica ocorre entre o carbono anomérico de um Monossacarídeo e qualquer outro carbono do Monossacarídeo seguinte, através de suas hidroxilas, e com a saída de uma molécula de água.


O tipo de ligação Glicosídica é definido pelos carbonos envolvidos e pelas configurações de suas hidroxilas. Exemplos:

Na Maltose è Gli a (1,4)-Gli . A maltose é formada pela união de duas moléculas de glicose. Apresenta função energética, estando presente no trigo e na batata.

Na Sacarose è Gli a (1,2)- b -Fru . A sacarose é formada pela união de uma molécula de glicose e uma de frutose. Apresenta função energética, estando presente na cana-de-açúcar e na beterraba.


Na Lactose è Gal b (1,4)-Gli . A lactose é formada pela união de uma molécula de glicose e uma de galactose. Apresenta função energética, estando presente no leite.

Na Celobiose è Gli b (1,4)-Gli . A celobiose é formada pela união de duas moléculas de glicose. Apresenta função estrutural, já que é um produto de degradação parcial da celulose, polissacarídeo integrante da parede celular dos vegetais.

Trealose è glicose + glicose a (1-1).


Polissacarídeos:


São os Carboidratos complexos, também chamados de Glicanas, constituídos de macromoléculas formadas por milhares de unidades monossacarídicas (Hexoses) ligadas entre si por ligações Glicosídicas na forma a ou b.

Alguns funcionam como reserva de carboidratos, outros atuam na morfologia celular.

Os Polissacarídeos mais importantes são os formados pela polimerização da Glicose, em número de três:

1- Amido è É o Polissacarídeo de reserva energética da célula vegetal . É formado por moléculas de glicose ligadas entre si através de numerosas ligações a (1,4) e poucas ligações a (1,6), ou "pontos de ramificação" da cadeia. A molécula sem pontos de ramificação é denominada amilose, enquanto aquela que se apresenta com ramificação recebe o nome de amilopectina. Sua molécula é muito linear, e forma hélice em solução aquosa. Encontra-se armazenado em grandes proporções em raízes tuberosas como a mandioca, caules, tubérculos, como a batata inglesa, e em certas sementes como o milho. A hidrólise total do amido forma moléculas de glicose, enquanto a hidrólise parcial produz moléculas de maltose.


2- Glicogênio è É o Polissacarídeo de reserva energética da célula animal .Muito semelhante ao amido, possui um número bem maior de ligações a (1,6), o que confere um alto grau de ramificação à sua molécula. Os vários pontos de ramificação constituem um importante impedimento à formação de uma estrutura em hélice. Encontra-se armazenado sobretudo no fígado e nos músculos. A hidrólise total do glicogênio forma moléculas de glicose, enquanto que a hidrólise parcial produz moléculas de maltose.



3- Celulose:

É o Carboidrato mais abundante na natureza. Possui função estrutural, sendo o principal componente da parede celular dos vegetais, responsável pela extrema resistência de alguns caules. .Possui um tipo de ligação glicosídica b (1- 4), que confere à molécula uma estrutura espacial muito linear, o que possibilita a formação de fibras insolúveis em água e não digeríveis pelo homem. Somente os animais que possuem bactérias e protozoários simbióticos em seus aparelhos digestivos (herbívoros) são capazes de digeri-la. A hidrólise total da celulose forma moléculas de glicose, enquanto a hidrólise parcial produz moléculas de celobiose.

Além dos três exemplos de Polissacarídeos mencionados, podem ainda ser citados:

a)-Heparina:

Substância de ação anti-coagulante nos vasos sanguíneos dos animais, produzida por células do tecido conjuntivo propriamente dito, denominadas mastócitos.

b)-Quitina

Substância nitrogenada com função estrutural, presente na parede celular dos fungos e no exoesqueleto dos artrópodes.

c)-Ácido Hialurônico

Substância presente no material intracelular dos tecidos conjuntivos, com função estrutural importante na parede celular.


Os Glicosídeos podem ser formados também pela ligação de um carboidrato a uma estrutura não-carboidrato, como uma proteína, um lipídio ou um ácido, recebendo os nomes de glicoproteínas, lipoproteínas e polissacarídeos ácidos, respectivamente.

As células animais têm um revestimento externo (glicocálix) macio e flexível formado por cadeias oligossacarídicas ligadas a lipídios (lipoproteínas) e proteínas (glicoproteínas). As glicoproteínas possuem um ou mais carboidrato em sua composição molecular, sendo que a maioria das proteínas da superfície celular são glicoproteínas.


Podemos citar como um polissacarídeo ácido importante, a heparina, formada por glicosamina + ácido urônico + os aminoácidos serina ou glicina.

Após a hidrólise e absorção dos carboidratos nos intestinos, a veia porta hepática fornece ao fígado uma quantidade enorme de glicose que vai ser liberada para o sangue e suprir as necessidades energéticas de todas as células do organismo.

As concentrações normais de glicose plasmática (glicemia) situam-se em torno de 70 a 110 mg/dl, sendo que situações de hiperglicemia tornam o sangue concentrado, alterando os mecanismos de troca da água do Líquido Intracelular com o Líquido Extracelular, além de ter efeitos degenerativos no Sistema Nervoso Central. Sendo assim, um sistema hormonal apurado entra em ação para evitar que o aporte sangüíneo de glicose exceda os limites de normalidade.

Os hormônios pancreáticos, insulina e glucagon, possuem ação regulatória sobre a glicemia plasmática. Não são os únicos envolvidos no metabolismo dos carboidratos, os hormônios sexuais, epinefrina, glicocorticóides, tireoidianos, etc. também têm influencia na glicemia, porém, sem dúvida, são os mais importantes.

A Insulina é produzida nas células b das ilhotas de Langerhans e é armazenada em vesículas do Aparelho de Golgi em uma forma inativa (pró-insulina). Nessas células existem receptores celulares que detectam níveis de glicose plasmáticas (hiperglicemia) após uma alimentação rica em carboidratos. A insulina é ativada e liberada na circulação sangüínea. Como efeito imediato, a insulina possui três efeitos principais:

1. Estimula a captação de glicose pelas células (com exceção dos neurônios e hepatócitos)

2. Estimula o armazenamento de glicogênio hepático e muscular (Glicogênese).

3. Estimula o armazenamento de aminoácidos no fígado e músculos) e, ácidos graxos nos adipócitos.

Como resultado dessas ações, ocorre a queda gradual da glicemia (hipoglicemia) que estimula as células b-pancreáticas a liberar o Glucagon. Esse hormônio possui ação antagônica à insulina, com três efeitos básicos:

1. Estimula a mobilização dos depósitos de aminoácidos e ácidos graxos;

2. Estimula a Glicogenólise

3. Estimula a Neoglicogênese.

Esses efeitos hiperglicemiantes possibilitam nova ação insulínica, o que deixa a glicemia de um indivíduo normal em torno de 70 a 110 mg/dl .

A captação de glicose pela célula se dá pelo encaixe da insulina com um receptor específico existente na membrana celular. Esse complexo sofre endocitose, permitindo a entrada de glicose, eletrólitos e água para a célula. A glicose é, então, metabolizada (através da Glicólise e Ciclo de Krebs). A insulina sofre degradação pelos enzimas intracelulares e o receptor é regenerado, reiniciando-se o processo.

Quanto mais o complexo insulina/receptor é endocitado, mais glicose entra na célula, até que o plasma fique hipoglicêmico. Essa hipoglicemia, entretanto, não é imediata, pois a regeneração do receptor é limitante da entrada de glicose na célula, de forma a possibilitar somente a quantidade de glicose necessária, evitando, assim, o excesso de glicose intracelular.

Nos músculos, a glicose em excesso é convertida em glicogênio, assim como a glicose que retorna ao fígado.

A grande maioria das células do organismo são dependentes da insulina para captar glicose (o neurônio e os hepatócitos são exceções, pois não têm receptores específicos para insulina, sendo a glicose absorvida por difusão).

A deficiência na produção ou ausência total de insulina ou dos receptores caracteriza uma das doenças metabólicas mais comuns, o Diabetes Mellitus

Proteínas

Proteínas são compostos orgânicos de alto peso molecular, são formadas pelo encadeamento de aminoácidos.Representam cerca de 50 a 80% do peso seco da célula sendo,portanto,o composto orgânico mais abundante de matéria viva.O plasma humano contém diversas proteínas identificáveis,que representam um papel importante na manutenção da pressão osmótica e em diferentes funções como proteínas carreadoras,anticorpos,enzimas,inibidores enzimáticos,fatores da coagulação,entre outras.A avaliação de seus níveis séricos é de grande auxílio na avaliação do estado nutricional e da presença de doenças sistêmicas agudas ou crônicas.

A dosagem isolada da proteínas totais tem pouco valor,já que a alteração em uma das frações pode ser balanceada por alteração oposta de outra fração,como ocorre nas inflamações crônicas,em que há diminuição de albumina com aumento de gamaglobulina.Geralmente,o valor isolado da proteína total tem utilidade médica em grandes elevações como no mieloma múltiplo ou na diminuição acentuada de seus níveis,como os encontrados nos estados graves de desnutrição,perdas como na síndrome nefrótica e enteropatias perdedoras de proteínas,ou na alteração da síntese protéica,que ocorre nas doenças hepáticas graves.

Conclui-se que as proteínas são,como se sabe elementos celulares essenciais,constítuidas de moléculas extremamente volumosas formadas de longas cadeias de aminoácidos unidos entre si por ligações peptídicas,isto é,resultante do enlance do grupo carboxílico de um aminoácido ao grupo amínio de outro.Com apenas cerca de 20 aminoácidos,ao todo,o organismo consegue intetizar um número surpreendentemente elevado de proteínas,das quais só no plasma sanguíneo do homem existe mais de uma vintena,tendo cada uma sua própria função.

Nem todas as proteínas contêm todos esses aminoácidos,mas pode-se supor uma média de 500 unidades de aminoácidos para a formação de uma molécula proteíca.Toda substância que contenha duas ou mais ligações peptidicas dará a chamada reação de biureto,que pode ser usada,portanto,como prova geral das protéinas.

Glicose

A glicose é um dos principais produtos da fotossíntese e inicia a respiração celular em procariontes e eucariontes. Os açúcares, massas e outros carboidratos são transformados em glicose dentro de nosso organismo através da via glicólise.

As células a usam como fonte de energia e intermediário metabólico (A maioria das células do corpo necessita de glicose para a produção de energia; o cérebro e as células do sistema nervoso são as mais exigentes). No metabolismo, a glicose é uma das principais fontes de energia e fornece 4 calorias de energia por grama.

Os carboidratos que nós comemos são quebrados na forma de glicose (e alguns outros açúcares simples), absorvidos pelo intestino delgado e distribuídos por todo o corpo pela corrente sanguínea.

O uso da glicose pelo corpo depende da disponibilidade de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. A insulina age transportando a glicose para dentro das células, estimulando o organismo a armazenar o excesso de glicose na forma de glicogênio (para o armazenamento a curto prazo) e/ou como triglicérides em células gordurosas. Os seres humanos não podem viver sem glicose ou insulina, e estas duas substâncias devem existir no organismo de forma balanceada.

Normalmente, o nível de glicose no sangue eleva-se ligeiramente após uma refeição e a insulina é então secretada para abaixá-lo. A quantidade de insulina liberada é proporcional ao tamanho e à quantidade de açucares da refeição. Se a taxa de glicose no sangue ficar muito baixa, como pode ocorrer entre refeições ou após um exercício físico mais forte, o glucagon (um outro hormônio do pâncreas) é secretado na corrente sanguínea, para comunicar ao fígado para transformar parte do glicogênio armazenado em glicose novamente, elevando, assim, os níveis de glicose circulante. Se o mecanismo de feedback da glicose/insulina estiver trabalhando corretamente, a quantidade de glicose no sangue permanecerá razoavelmente estável. Se o equilíbrio for rompido e os níveis de glicose no sangue se elevar, o corpo tenta restaurar a estabilidade, aumentando a produção de insulina e excretando glicose pela urina.

A hiperglicemia ou a hipoglicemia severa podem ameaçar a vida, causando falência de órgãos, danos no cérebro, levando ao coma, e em casos extremos, à morte. Os níveis crônicos elevados de glicose no sangue podem causar danos progressivos aos órgãos do corpo tais como rins, olhos, coração, vasos sanguíneos e nervos. A hipoglicemia crônica pode levar a danos no cérebro e nos nervos. Algumas mulheres podem desenvolver a hiperglicemia durante a gravidez e esta pode levar ao diabetes gestacional. Se não tratado pode fazer com que estas mães dêem a luz a bebês acima do peso e que podem ter níveis baixos de glicose. As mulheres que tiveram diabetes gestacional podem desenvolver, ou não, o diabetes futuramente.

domingo, 5 de setembro de 2010

Primeira postagem

Olá pessoal:

Estamos através da nossa primeira postagem dando as nossas boas vindas á vocês futuros visitandes do nosso blog.


Abraços.